Liverpool tem mais parques e jardins do que Paris! Li isto algures numa pesquisa na Internet sobre o que fazer em Liverpool em dias de chuva… Então, surgiu a ideia de visitar a Palm House, uma estufa de plantas (que imaginei de dimensões enormes…) com uma estrutura muito bonita, de outros tempos, mas recuperada. Lá dentro faziam-se preparativos para um concerto que iria acontecer à tarde. Sem local para nos sentarmos viemos para a rua onde cadeirões de madeira confortáveis não faltam em redor de toda a estufa, algo que faz tanta falta nos espaços verdes em Portugal. Descobri o Darwin e o Lineu, entre outros cientistas históricos de diferentes áreas do conhecimento, em esculturas estrategicamente colocadas em cada extremidade do edifício. Darwin ficou representado com um problema físico nas perninhas e o Lineu tem a extremidade do nariz exactamente com a curvatura oposta… mas até gosto.
Desenhar a Palm House parecia uma tarefa impossível, pois eu estava sentada próximo demais e todas aquelas perspectivas sugeriam uma enorme dor de cabeça… Sendo assim, desenhei-lhe o topo.
Liverpool é sinónimo de zona industrial. Em redor da cidade, principalmente junto à água existem longos quilómetros de armazéns, muitos deles muito degradados. Essas áreas lembram-me a zona ribeirinha onde é hoje o Parque das Nações e ainda algumas zonas no percurso até Santa Apolónia, em Lisboa.