Liverpool – Reportagem: Palm House e Zona Industrial

Liverpool tem mais parques e jardins do que Paris! Li isto algures numa pesquisa na Internet sobre o que fazer em Liverpool em dias de chuva… Então, surgiu a ideia de visitar a Palm House, uma estufa de plantas (que imaginei de dimensões enormes…) com uma estrutura muito bonita, de outros tempos, mas recuperada. Lá dentro faziam-se preparativos para um concerto que iria acontecer à tarde. Sem local para nos sentarmos viemos para a rua onde cadeirões de madeira confortáveis não faltam em redor de toda a estufa, algo que faz tanta falta nos espaços verdes em Portugal. Descobri o Darwin e o Lineu, entre outros cientistas históricos de diferentes áreas do conhecimento, em esculturas estrategicamente colocadas em cada extremidade do edifício. Darwin ficou  representado com um problema físico nas perninhas e o Lineu tem a extremidade do nariz exactamente com a curvatura oposta… mas até gosto.

Desenhar a Palm House parecia uma tarefa impossível, pois eu estava sentada próximo demais  e todas aquelas perspectivas sugeriam uma enorme dor de cabeça… Sendo assim, desenhei-lhe o topo.

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Palm House, Liverpool e Florista em Southport – Desenho com Rotring 0,3 e aguarela

Liverpool é sinónimo de zona industrial. Em redor da cidade, principalmente junto à água existem longos quilómetros de armazéns, muitos deles muito degradados. Essas áreas lembram-me a zona ribeirinha onde é hoje o Parque das Nações e ainda algumas zonas no percurso até Santa Apolónia, em Lisboa.

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Armazéns, na zona norte de Liverpool – Desenho com Rotring 0,5 e marcador de pincel

Liverpool – Reportagem: Southport

Southport fica a 30 km de Liverpool. É uma cidade onde os britânicos vão a banhos e passear nos tempos livres. Na maré baixa, as praias podem ter quilómetros… nem se distingue o mar da linha do horizonte…

Estava um clima tipicamente britânico, pelo que nos resguardámos dentro de uma montra de um café – que parecia mais um aquário – a rabiscar para o outro lado da rua. Neste rabisco, voltei aos meus “clássicos”: linha de Rotring 0,3, aguarela e muitos espaços em branco.

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Liverpool – Reportagem: Pump House Pub e Albert Dock

O meu edifício preferido é o Pump House Pub e o local é a Albert Dock, um conjunto de vários armazéns antigos e recuperados nas docas, que funcionam para comércio turístico e onde está a Tate Liverpool, o Museu Marítimo e o Museu dos Beatles.

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Na Albert Dock com vista para a cidade conseguem ver-se os topos da Nova Catedral e Católica (com uma estranha arquitectura moderna e circular em redor do altar) e da Velha Catedral e Anglicana (que inclui um bar numa varanda interior, mesmo a meio da catedral e também uma loja de souvenirs por baixo). Na Velha Catedral, anunciavam-se celebrações sobre o Elvis Presley que incluíam bandeirinhas dos EUA espalhadas… Surreal…

Na Albert Dock atraquei um auto-colante do Yellow Submarine, objecto também muito típico da cidade dos Beatles.

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Mais sobre a História da Albert Dock AQUI

Liverpool – Reportagem: Superlambanana… às bolinhas…

O desenho mais giro de Liverpool inclui a Superlambanana, mascote de Liverpool. Desenhei um destes “bichos” – que os há espalhados pelo centro histórico – a partir de um dos que estavam a “pastar” mesmo em frente ao café do Museu de Liverpool nas docas. Depois entreti-me a rabiscar o meu edifício predilecto em Liverpool, o Pump House Pub. Ficou muito descomposto. Para compensar o meu desgosto, desenhei uma parte de um dos barcos atracados, as bandeirinhas de várias celebrações que aconteceram nos dias em que lá estive e inventei eu própria uma vestimenta da Superlambanana, usando um dos meus lápis “mágicos” que fazem magias! Às vezes…

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Superlambanana, Pump House nas Docas

Eu assumo!! Desgracei por completo o caderno feito com tanto amor pela Marilisa Mesquita. Pus tantas coisas lá para dentro, coladas e dentro de envelopes colados em páginas (com recibos, cartões de visita e outros papeluchos), que lhe provoquei severos danos… Está agora com mais do dobro da espessura que tinha quando mo foi oferecido pela Raquel, já para não falar de outros maus tratos habituais da minha parte… pois…

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Perfis de Wirral do outro lado do rio e de um edifício junto às Docas de Liverpool

Liverpool está para Lisboa, como Wirral está para Almada – ver ali no mapa. Quando está sol, a luz é quase tão maravilhosa como a de Lisboa, por causa da posição das duas cidades em relação ao rio e ao mar. É também por este motivo que gosto tanto de Liverpool.

Liverpool – Reportagem: edifícios

Não costumo interessar-me por desenhar edifícios para fugir às perspectivas. Gosto mais de me entreter com a composição de objectos. Liverpool foi um tempo de desenho fora do comum com vários edifícios no caderno (alguns não acabados por falta de tempo ou por vontade própria) e experiências de vários materiais que me fizeram sair da zona de conforto nos rabiscos. A escolha de edifícios também teve a ver com a oportunidade e com o encanto que sinto pela construção típica da cidade com tijolos escuros. Na volta, reparei que não pintei qualquer desenho com a cor desses tijolos…

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Victoria Museum – Desenho com caneta de gel 0,38
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Desenho com caneta de gel 0,38 e azul com marcador de pincel

Usei uma estranha caneta de tinta de aparo que não tem ponta de aparo. Comprei-a num hipermercado na véspera de ir. Esta altura do ano é uma tentação para descobrir  materiais novos nos supermercados, porque vem aí o tempo das compras de materiais escolares para o novo ano lectivo. Também usei uma caneta técnica da Rotring de 0,7 que encontrei numa loja de materiais de arte de Liverpool. Deixei de encontrar estas canetas à venda em Portugal e acho que são as melhores de todas entre as várias marcas que as vendem.

Preenchi vários desenhos com lápis-de-cor “mágicos”.

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Old Cathedral – Desenho com esferográfica de tinta de aparo e lápis-de-cor “mágicos”
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Andy conduz à direita – Desenho-cego com esferográfica de tinta de aparo e pastel

Liverpool – Reportagem: Rabiscos à beira d’água

Experiências de aguarela e perfis do céu à beira de água em Liverpool.

Rabiscos inéditos de Liverpool 2009

 Rita Care - Liverpool 2009 (1)
Nunca partilhei estes desenhos… São pérolas no “baú” com quase 7 anos. Olho para eles e sorrio a pensar nessa viagem deliciosa a Liverpool, nestes desenhos que nada têm a ver com os meus rabiscos desde há muitos anos e da felicidade que foi libertar-me da grafite nos diários gráficos.
 Rita Care - Liverpool 2009 (2)
O lápis dá para apagar, claro… mas isso é uma condicionante ao urban sketching, porque nos faz também perder um Tempo precioso! Prende-nos a nós próprios e não nos deixa desfrutar do muito mais que nos rodeia.

World Museum of Liverpool

Regresso a Liverpool, que não visito desde 2010, para abraçar amigos na sua Casa. Queria ir a Manchester ao Simpósio USk e prometi que os visitaria nessa altura. Mas tive que decidir escolher os Amigos, Liverpool e ter 1/3 das despesas. Rabiscos não faltarão e esquilos espero que também não! ;-)
Rita Care - Liverpool 2009 (6)
Liverpool sob sol é uma cidade tem uma luz quase (!!) tão maravilhosa como a de Lisboa. É que está “plantada” à beira-rio e à beira-mar numa posição semelhante à da nossa capital em relação ao rio e ao mar.
Rita Care - Liverpool 2009 (7)
Até já!

Fim do Ano delicioso de Amizade em Festa de arromba Pt-UK

A noite da ante-véspera de Natal foi uma das noites mais Felizes de 2015. Encontrei-me com dois amigos que não via há quase 5 anos e que vivem em Liverpool. Ela já mais Britânica do que Portuguesa (a viver lá há mais de 10 anos) e ele Maláio-Britânico. Fizemos um escarcéu por todos os lados onde nos sentámos – nós bem víamos nas caras das pessoas que passavam por nós e nos sorrisos da empregada que tomou conta de nós e da nossa mesa ao jantar! O sentimento de que “não nos víamos desde ontem” repetiu-se em mais uma experiência de anos sem presença física partilhada.

A Alex e o Andy deixaram-me brincar com a minha técnica de desenho preferida – o desenho-cego – a e com as suas carinhas estupefactas e permitiram transmitir-lhes a minha paixão pelo acto de desenhar por si só (e não pelo produto final)! Ficam aqui alguns dos rabiscos que fiz deles, por entre muita risota e lágrimas ao canto do olho.

Clicar nas imagens para ver maior!

Que saudades tão grandes! Que pessoas maravilhosas! É impressionante como o Tempo nos faz esquecer o quanto as pessoas nos fazem falta, dos seus beijos e dos seus mega-abraços, apesar das maravilhas que as redes sociais fazem por nós…

E é tão bom sentir um orgulhoso imenso por verificar com os meus próprios olhos que as pessoas que adoramos podem crescer por dentro seja com que idade for e se ultrapassam a si próprias a cada dia que passa, seguindo muito mais além do que alguma vez sonharam, “simplesmente” porque mesmo depois dos quarenta descobriram a sua vocação profissional, atrevo-me a dizer pessoal também!

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P.S. Sabem o Simpósio USkP em Manchester no Verão? Se o último encontro for gratuito eu vou lá. Se não for, nem me vou dar ao trabalho de lá passar. Nesses mesmo dias, vou estar a orientar workshops de desenho e aguarela em Liverpool para estes Amigos Queridos, a empanturrar-me de Lemon Curd até cair para o lado, tagarelar em Inglês sem ter ninguém a fazer caras feias pela minha gramática fracota, conversar com os esquilos e os imensos relvados muito verdes em pleno Verão, visitar o Museu de Liverpool que não existia em 2010, revisitar a Tate de Liverpool e beber um chá num famoso Pub mesmo em frente ao rio para choque dos empregados e dos restantes clientes! Entretanto, vou negociar com o S. Pedro para me banhar de sol enquanto lá estiver… Em 2010 estive 11 dias em Liverpool (em Maio e em Julho) e tive 0,5 dias de uma chuvinha, a maioria dos dias de sol e alguns dias de um calor horrível…