Experiência um pouco transcendental numa paisagem sonora de esculturas onde fui buscar memórias de há muito, muito tempo.
No segundo dia, levei o livro “Um minuto de silêncio” que por acaso ando a reler, como que a pedir que me acudisse nos momentos de maior desespero, porque aquela sonoridade, repetitiva e invasiva entre espaços, durante quase três horas, deu-me conta dos nervos.
Eu sabia que ia precisar de reinventar o silêncio no segundo dia. O assobiar do que imaginei como vindo de um marinheiro em alto mar foi o mais próximo que consegui desse silêncio desesperadamente desejado. Pintei o assobio de azul, porque o meu silêncio é azul do mar.